Thursday, September 07, 2006

Incêndio na casa 18


A boca seca,rachada.Uma sede infinita.Um desejo.Vontade de encontrar alguém.Não vários,apenas um.ELE.
Alguém nunca visto,nunca barato,nunca usado,nunca...
Um longe desse mundo.Mãos limpas.Uma mente que pensa.Escreve.Um incopreendido.
Navegando longe da decepção, sem mentiras.Eu sei,o impossível!
A língua viva, quente e macia que percorre.O olho dança.A mão suada pega.Aperta.Estraçalha.Enlouquece.
Na linda casa mostarda um vazio ensurdecedor.Os dois EUS se chocam.
O lábio treme.O pêlo ouriçado.
Seus desejos descem pelos calcanhares.Sobem pelas escadas.Escapam pelas brechas.
O lençol então amassa.
Bum.Explode!
(by me)

2 comments:

Anonymous said...

Bom texto... final meio assim... mas gostei... q busca e espera ein?!... pensamentos ao recanto protegido de si mesma?...

abraço.

Anonymous said...

Lindo. Cheio de sutilidades. Toda a questão do prazer solitário, pensando em alguém específico, indeterminado. O suspense o tempo todo no ar, a falta de respostas atiça a curiosidade do leitor.
As frases curtas todas constróem uma cadência crescente d movimentos e sensações, tudo tão sensual, representando prosodicamente o caminho ascendente do prazer que, no final, tem seu clímax numa explosão d orgasmo.
Simplesment lindo, adorei este poema. Vc consegue passar tudo tão clarament e, ao mesmo tempo, tão sutilmente.
Estou ficando fascinado por teus escritos.

Beijo.